Resenha: O menino do pijama listrado – John Boyne

Quando terminei O Morro dos Ventos Uivantes, corri logo para começar outra leitura. Não queria perder o ritmo e deixar passar a oportunidade de participar do Desafio de Férias, o qual já falei aqui antes e postei minha lista de metas.

O segundo livro que pretendia ler era O menino do pijama listrado e nem sequer cogitei começar por Madame Bovary. Queria algo mais atual e leve, depois de tantas conturbações com a leitura de Emily Brontë.

À primeira vista, achei até esquisito. Senti a diferença da escrita pesar bastante; enquanto O morro dos ventos uivantes é cheio de descrições, sentimentos e palavras complicadas, O menino do pijama listrado é simples e ingênuo.

Levei algumas páginas para me acostumar, mas consegui engrenar rapidamente. Confesso que, mesmo tendo desistido de esperar muito do livro, após minha decepção com o anterior, a história não era exatamente o que eu imaginava.

Aconselharam-me a lê-lo quando terminei A menina que roubava livros. Disseram-me que tinha um enredo similar (não igual – eu mesma achei bastante diferente, tirando algumas exceções) e fiquei curiosa. Todos falavam do livro e do filme, e eu, como uma boa viciada em leitura, quis logo comprar o meu.

Não vou dizer onde, nem quando se passa a história, porque gostei de adivinhar com as dicas impostas pelo Bruno, personagem principal, e espero que os futuros leitores prestem tanta atenção nesses detalhes quanto eu prestei.

O que você precisa saber é: a história é contada em terceira pessoa, mas seu foco é na vida e pensamentos de Bruno, um menino de nove anos, que é filho de um comandante importante para seu país e se vê obrigado a se mudar, devido ao trabalho do pai. O desenrolar acompanha Bruno em sua nova casa, da qual ele não gosta, e suas tentativas frustradas de entender tudo o que está acontecendo à sua volta. Com sua pouca idade, o garoto sente-se confuso e não consegue compreender por que teve que sair de sua casa grande e bonita para se mudar para uma cidade tão feia e viver em uma nova casa meio acabada e bem menor do que a outra. Além disso, da janela do seu quarto, ele consegue ver uma grande cerca, onde várias pessoas vestindo “pijamas” listrados vivem, do outro lado, uma vida completamente diferente da sua.

Mesmo com a ingenuidade de Bruno, aos poucos, o leitor percebe o que está se passando, quem são as pessoas nos pijamas listrados e quem é realmente Bruno, sua família e, principalmente, seu pai.

Para quem gosta de enredos leves e sem muitos acontecimentos, O menino do pijama listrado é a pedida perfeita. A escrita, apesar de simples, é muito boa e dá um ar mais infantil (especialmente, por ser contada a partir da vida de uma criança) e inocente – mesmo Bruno, às vezes, se portando como um garoto mimado. No entanto, ninguém pode realmente culpá-lo, devido à sua criação. Ainda assim, ele é bondoso e bem diferente de sua irmã, Gretel, que está sempre querendo parecer superior.

O final, no entanto, me surpreendeu. Não pelo acontecimento, já que eu esperava que alguma coisa do tipo fosse acontecer, mas pela falta de descrição. Achei que foi tudo muito rápido e sem emoção.

Apesar dos apesares, eu gostei muito da leitura e aconselharia a todos a lerem. Além da inocência, bondade e simplicidade expressas no livro, a principal característica que me fez gostar da história, foi a amizade sem preconceitos e isso é uma lição para a vida toda.

Minha nota: 8.5

Resenha: O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë

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O acréscimo de O Morro dos Ventos Uivantes à minha lista de livros desejados não tinha outra razão que não a sua fama. Depois de tanto ouvir falar do amor desesperado, de Catherine e Heathcliff, do clássico livro, minha ansiedade pela leitura nasceu só para me decepcionar logo de início.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que, em nenhum momento, falo da escritora em si. Apesar do desgosto pelo livro, soube apreciar bem as descrições de Emily Brontë e sua escrita impecável. O livro não me prendeu muito no começo, mas se tivesse dedicado mais tempo à ele, tenho certeza que teria lido bem mais rápido.

Vamos, então, ao que interessa.

Terminei-o há pouco mais de duas horas, mas ainda estou me perguntando de onde alguém tirou a ideia de que esse livro é uma história de amor. Todas as frases expeliam ódio, vingança e outras centenas de sentimentos totalmente contrários ao amor. Aliás, para mim, o que Catherine e Heathcliff sentiam um pelo outro não podia ser chamado disso. Era uma obsessão esquisita e desesperada. Não é à toa que a Bella se identificava tanto com o livro.

Mas isso foi um dos pormenores. O livro já me desencantou no começo, ao perceber, que era contado por alguém de fora. Não por um narrador oculto, nem em primeiro pessoa, mas por alguém que nem sequer estava lá quando tudo aconteceu. Achei estranho, mas prossegui. Veio, então, outra surpresa: Heathcliff não era só grosseiro. Ele era grosseiro, mesquinho, estúpido, odioso e sem escrúpulos. Mesmo com toda a sua história, nada justificava seu jeito de ser. E, daí, o motivo que quase me fez desistir de seguir em frente com a leitura: o livro, que começa praticamente contado do final, antes mesmo da história verdadeira ser narrada, já fala da morte de um dos personagens mais importantes.

Sou persistente e, mesmo com todos os motivos para voltar atrás, continuei. Estava já confusa com a quantidade de informações sem explicação, mas comecei a entender quando a Sra. Dean, governanta da Granja dos Tordos, onde o Sr. Lockwood, inquilino da casa de propriedade do Sr. Heathcliff e narrador principal, começa a contar a história dos Earnshaw, Linton e do Heathcliff desde o início, já que cresceu com eles e esteve presente durante todo o enredo.

A história, então, volta para a infância de Catherine Earnshaw e seu irmão, Hindley, no Morro dos Ventos Uivantes, quando o pai dos dois aparece em casa com um menino sem nome nem precedentes, a quem passa a chamar de Heathcliff. O garoto se torna o favorito do Sr. Earnshaw e ganha a afeição de Catherine, uma menina teimosa e indisciplinada, e o ciúmes de Hindley.

O irmão da menina evitava maltratar Heathcliff devido à adoração de seu pai por ele, mas quando o senhor da casa falece e Hindley torna-se o patrão, o cigano vira criado e sofre nas mãos do mais velho dos Earnshaw. Mesmo assim, não perde a amizade de Catherine, por quem é apaixonado, até que ela passa algum tempo na casa dos Linton e recebe a atenção dos irmãos Edgar e Isabella.

Edgar se apaixona por Catherine, que mudou completamente após a hospedagem na casa da Granja dos Tordos. Agora comporta-se como uma mulher educada e está sempre na companhia dos Linton, fazendo crescer em Heathcliff um ciúmes descomunal.

O enredo é grande e, como eu disse antes, não parece nem um pouco um romance romântico. Você tem um pouco de Catherine e Heathcliff, mas após crescerem, todos eles se casam, um por um, e a história volta-se um pouco para os descendentes.

Apesar de todo a ruindade de Heathcliff, o que me deixa perplexa mesmo é o comportamento de Catherine Earnshaw. Egoísta e egocêntrica, a garota não me dá nenhum motivo para gostar de seu personagem do começo ao fim da história. Até mesmo Hindley muda meu pensamento, de quem, no final, chego a sentir pena. Os Linton me irritaram bastante com sua fraqueza e seu jeito mimados, mas se redimiram ao fim da história, me fazendo até gostar deles.

Então, veio a “segunda geração”. E admito que senti pena de maior parte deles. Não gostava nenhum pouco de Linton Heathcliff, mas pude entender o que o tornou tão chorão e amargo. Catherine Linton era outra mimada e chatinha, mas não posso dizer que não gostava dela.

O único personagem que, estranhamente, gostei do princípio ao fim (excetuando-se a Sra. Dean) foi Hareton Earnshaw, filho do Hindley. Ele era desbocado e rude, a imagem perfeita de Heathcliff, que o influenciou desde sua infância, mas não conseguia deixar de acreditar que ele mudaria.

Apesar da boa escrita, certa criatividade e ótimas descrições de Emily Brontë, acredito que O Morro dos Ventos Uivantes, para mim, foi uma perda de tempo. Chegando à metade da história, quase corri para terminar, porque chegava a não me sentir bem enquanto lia, tamanha era a agonia que senti com o sofrimento e ódio descritos no livro.

Minha nota: 7

Desafio de Férias 2010/2011

Hoje encontrei, por acaso, o blog Garota It e topei com esse desafio proposto pela Pâm, dona do site.

Como funciona?

O participante deve ler e resenhar, no mínimo, dois livros por mês. O desafio dura as férias inteiras (dezembro, janeiro e fevereiro) e, a cada mês, sai um vencedor.

Não tive a oportunidade de tentar no mês de dezembro, mas vou participar agora. Estou cheia de livros para ler e nada melhor do que um desafio, com prêmio e tudo, para me motivar a terminá-los rapidinho.

Bem, aqui vai minha meta de livros para janeiro:

 

Lista de Livros – Janeiro

O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë.

O menino do pijama listrado, de John Boyne.

Madame Bovary, de Gustave Flaubert.

 

Gostou do desafio? Então, clique na imagem abaixo e veja como se escrever. Ah… E boa sorte!

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Há algum tempo atrás, vi o filme Orgulho e Preconceito e fiquei encantada. Já ouvira falar de Jane Austen, é claro, mas jamais havia lido alguma obra dela. O filme deixou em mim um gostinho de quero mais. Comprei o livro, algum tempo depois, e devorei-o em apenas um final de semana.

Apesar do medo de ter dificuldades com a leitura (um livro clássico é sempre um pouco mais complicado de ser ler do que um livro escrito nos dias atuais) ou cansar-me facilmente do enredo por já ter visto seu filme por quatro vezes em uma mesma semana e seis vezes no total, meu anseio foi infundado. Durante dois dias de incansável leitura, me deliciei com a história da rebelde e determinada Elizabeth Bennet, me apaixonei pelo orgulhoso Fitzwilliam Darcy, me encantei com o romance de Jane Bennet e o Sr. Bingley, ri com as ironias e o sarcasmo do Sr. Bennet, irritei-me com os nervos da Sra. Bennet e com os discursos formais do inconveniente Sr. Collins e imaginei-me no século XIX, vivendo as formalidades da época, indo aos bailes e saraus, apaixonando-me por homens como o Sr. Darcy.

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Adaptação para o cinema da obra literária, por Joe Wright, em 2005, tendo Keira Knightley como Elizabeth Bennet e Matthew Macfadyen como Fitzwilliam Darcy.
Sinopse: Sem homem algum em casa além do seu marido, a Sra. Bennet está desesperada para ver suas cinco filhas casadas e seguras. As meninas, por sua vez, sabem da importância de conseguir um marido que lhes garanta um lar, pois quando seu já velho pai falecer, as mulheres não terão direito aos seus bens, que serão todos herdados por um primo distante, Sr. Collins.
Por isso, a chegada do solteiro Sr. Bingley, com suas irmãs, cunhado e o amigo, Sr. Darcy, à região causa alvoroço na família. Enquanto Bingley se interessa imediatamente pela mais velha das irmãs Bennets, Jane, Darcy tem dificuldades em se adaptar à sociedade local e entra em discórdia com a segunda das irmãs, Elizabeth. Ambos julgam o outro a partir de suas primeiras impressões, porém, no desenvolvimento do enredo, acabam descobrindo que estavam totalmente enganados.
Opinião: Espetacular! Não tenho uma só palavra contra, exceto o seguinte: não deveria ter acabado. É envolvente, muito bem escrita e fácil de entender, apesar de ter sido finalizada no final do século XVIII.
Misturando romance com comédia, drama e uma pitada de sarcasmo, Orgulho e Preconceito faz o leitor querer ser parte do livro e desejar que o mundo volte àquela época.
Jane Austen era uma magnífica escritora e não foi à toa que essa sua obra tornou-se o segundo livro mais importante da literatura britânica. Mesmo hoje, séculos depois, ainda é um dos mais procurados.
Se você ainda não leu, realmente não sabe o que está perdendo!
Minha nota: 10

Listas para 2011

Vi esse post no Depois dos Quinze onde a Bruna escreveu todas as suas metas para o ano que se aproxima e achei interessante começar o blog com uma lista dessa. Afinal, daqui há uma hora e meia inicia-se o último dia do ano e eu quero ter os meus objetivos e desejos anotados e gravados.

Lista de objetivos para 2011

1. Desligar-me um pouco da internet.

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Livrar-me dessa vontade absurda de me conectar mesmo quando não é necessário – aliás, principalmente – vai ser extremamente necessário para a realização da maioria das minhas metas. Não quero me desligar totalmente do mundo virtual, somente impor um limite de horário, para que eu possa me dedicar aos estudos e,  especialmente, à minha vida social.

2. Estudar muito!

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Ano de vestibular é extremamente importante e só dedicando meu tempo aos estudos, vou conseguir superar os desafios. Não fazer um cursinho vai ser um problema, mas se eu souber administrar meu tempo, posso conseguir. Além disso, passar estudando sozinha vai me proporcionar uma alegria enorme. Minha auto-estima vai se elevar e ainda terei economizado dinheiro para minha mãe.

3. Sair mais.

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Não importa para onde. Só vou descobrir o que gosto e o que não gosto, se experimentar.

4. Controlar minha timidez.

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Timidez não está com nada e só vai me afastar de grandes oportunidades… E dos meus amigos.

5. Pensar menos, agir mais.

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Os melhores momentos da vida são aqueles que nem sequer imaginávamos que poderia acontecer.

6. Jogar a preguiça pro alto.

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Com ela longe, os dias rendem muito mais.

7. Juntar dinheiro.

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Evitar gastar minha mesada com besteira e juntar para quando eu realmente precisar.

8. Cuidar do blog.

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Ler notícias e ficar por dentro das novidades para sempre postar, mantendo o blog ativo e facilitando seu crescimento.

9. Comprar um livro por mês.

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Se eu pudesse, compraria vários, mas como o dinheiro é escasso e o tempo vai ser curto, um livro por mês é o suficiente para me manter atualizada no mundo da literatura e dar um tempo dos estudos de vez em quando.

10. Escrever, escrever, escrever.

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Terminar ADA, continuar Sensations, começar Noites de Terror… Quanto mais eu escrever, mais rápido posso correr atrás do meu sonho de publicar um livro.

11. Ser feliz.

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Aproveitar meu último ano do colégio e me divertir muito, sem medo de ser feliz.

 

Lista de desejos para 2011

1. Conhecer Londres.

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2. Viajar pela Europa.

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3. Publicar meu livro.

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4. Ganhar na loteria.

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